“Urge que sem demora Guimarães faça um protesto violento contra o divorcio.
E’ preciso que os demolidores dos nossos sãos e bons costumes, e crenças religiosas, saibam que o paiz não lhes permitirá as suas maléficas artimanhas.
Mãos à santa obra.
O paiz não é só Lisboa, onde está o foco perigoso, e onde se conspira aberta e claramente contra as instituições e contra a religião do Estado.
Nada de demoras. Parta a iniciativa de alguém que o possa fazer.”
Comércio de Guimarães, 13 de Agosto de 1909 N.2380
Cláudia Fernandes
Guimarães na República 
Neste artigo é evidenciado uma grande revolta contra esta lei liberal proposta pela República. Sendo um jornal monárquico, é patente a vertente conservadora e retrógrada, contrariando-se ao novo regime. O periódico “Comércio de Guimarães” apela a que os seus leitores para os valores defendidos pela igreja e que este tipo de Lei não seria o melhor para Portugal. O jornal instiga igualmente para um protesto para que os cidadãos ajam para que tal acontecimento não ocorra. Afirma, igualmente que é em Lisboa que está “o foco perigoso”, isto é o local onde se desenvolvem ideias erradas contra a Igreja e a Monarquia.
Cláudia Fernandes