“Continua Infelizmente bastante alto o preço deste indispensável cereal, por motivo de falta de calor para secar o que ainda está pelos campos.
[…] e mal vae ao lavrador e agricultor se o tempo se não conservar de sol ardente.
[…] O mercado tem tido milho é certo, mas por um preço exorbitante. O de fora que se tem vendido, é um pouco mais barato, mas não substitui o milho nacional.
A falta de milho que indubitavelmente se fará sentir no inverno tornará dolorosa a vida dos pobres lavradores que perdem as esperanças de seccarem por completo os milhos que ainda lhes cobre os campos.”
Guimarães na República 
Este ano de 1912 foi marcado por grandes períodos de chuvas que afectaram gravemente as produções de milho e outros alimentos.
Nesta altura, a agricultura continuava a ser uma actividade basilar da economia e a que mais recursos humanos requeria. Estes danos levaram a uma quebra das produções e à diminuição dos rendimentos dos proprietários. A consequente escalada dos preços obrigou à importação deste cereal.
Por outro lado, a agricultura debateu-se com perdas significativas de mão-de-obra atribuídas aos fortes fluxos migratórios, levando a que algumas regiões ficassem despovoadas de população activa.